Aguardada há mais de duas décadas por grande parte dos gaúchos, a duplicação da RSC-287, principal ligação entre o centro do Estado e Porto Alegre, vai finalmente sair do papel. O contrato de concessão da rodovia, que prevê R$ 2,7 bilhões em investimentos pelos próximos 30 anos, incluindo a duplicação dos 204,5 quilômetros de extensão nos dois sentidos de fluxo, foi assinado na manhã desta terça-feira pelo governador Eduardo Leite com o grupo espanhol Sacyr.
- Vinte de julho de 2021. É um dia histórico para o Rio Grande do Sul. No Dia do Amigo, celebramos um acordo fruto da mobilização de toda uma comunidade, conduzido pelo governo e com a parceria da iniciativa privada. Celebramos hoje a cooperação, uma parceria em que todos ganham, principalmente as 6 milhões de vidas que por aqui circulam anualmente e que se submetem aos riscos de uma estrada não duplicada, incluindo aqueles que escoam boa parte da produção do nosso Estado - disse o governador.
Dos R$ 2,7 bilhões em investimentos que a empresa terá de fazer, R$ 1 bilhão deverá ser aplicado já nos primeiros 10 anos. A título de comparação, de 2014 a 2018, o governo do Estado investiu R$ 195,7 milhões na RSC-287. Nos primeiros cinco anos da concessão, o aporte financeiro será de R$ 599,1 milhões.
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Conforme o contrato de concessão, os primeiros pontos a serem duplicados serão os trechos considerados urbanos, junto aos acessos aos municípios cortados pela rodovia - começando por Tabaí, passando por Santa Cruz do Sul e demais municípios, até Santa Maria.
O cronograma estabelece, ainda, que 65%, ou 133 quilômetros, devem estar duplicados até o nono ano de concessão, contemplando todo o trecho de Tabaí a Candelária, o mais movimentado de toda a RSC-287, com média de 10 mil veículos por dia. Toda a obra vai beneficiar diretamente 12 municípios.
A empresa passará a administrar as duas praças de pedágio já existentes - em Venâncio Aires (km 86) e Candelária (km 131). A cobrança nas demais praças - em Tabaí (km 47), Paraíso do Sul (km 168) e Santa Maria (km 214) - só deve ocorrer a partir do primeiro mês do segundo ano da concessão - em agosto de 2022.
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Com a correção após os sete meses de leilão, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a tarifa a ser cobrada será de R$ 3,70. O valor deve entrar em vigor em até 30 dias, para que haja tempo de análise pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs).